Capacidade de armazenamento em nível de fazenda cresce 72,13% em 15 anos
A armazenagem nas propriedades rurais brasileiras têm avançado nos últimos anos. De acordo com dados do Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (Sicarm), enquanto a capacidade de armazenamento nas fazendas era de 20,68 milhões de toneladas em 2010, neste ano os agricultores possuem uma capacidade estática em suas propriedades de 35,64 milhões de toneladas – o que representa um crescimento de 72,13% no período. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) durante o lançamento do Anuário Agrologístico 2025.
“Cada vez mais, os produtores brasileiros reconhecem a importância e as vantagens de se ter um local apropriado para guardar a produção dentro das propriedades. Ao dispor de um armazém, o agricultor ganha autonomia para definir seu fluxo de comercialização, podendo armazenar parte da produção e aguardar momentos mais favoráveis de mercado para realizar a venda, o que contribui para a melhoria de seus resultados financeiros”, reforça o superintendente de Armazenagem da Companhia, Stelito dos Reis Neto
O incremento registrado na armazenagem nas propriedades rurais acompanha o movimento de alta na capacidade estática brasileira verificada nos últimos 15 anos. Porém, a taxa média de crescimento da capacidade estática a nível de fazenda (3,69%) é maior que a taxa média de crescimento da armazenagem no país (2,86%).
“Isso demonstra que os produtores têm investido nessas estruturas e enxergam as vantagens para a atividade. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, considerando que os armazéns localizados nas fazendas representam apenas 16,8% da capacidade estática nacional”, pondera o superintendente da Conab.
Ainda de acordo com o Sicarm, Mato Grosso é o estado que registra a maior capacidade estática a nível de fazenda, seguido de Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O estado mato-grossense registrou um crescimento de 52,7% na armazenagem nas propriedades rurais, saindo de 9,62 milhões de toneladas em 2017 para cerca de 14,7 milhões de toneladas em 2025.
Mas, ao considerarmos esse mesmo período, o destaque fica para o Piauí e Tocantins, dois dos estados que integram a nova fronteira agrícola do país, o MATOPIBA. Os investimentos dos agricultores piauienses fizeram a capacidade estática sair de 246,25 mil toneladas para 1,77 milhão de toneladas nas propriedades rurais. Em Tocantins, o volume possível de ser armazenado pelos produtores saiu de 361,59 mil toneladas para 1,12 milhão de toneladas, incremento de 210,54%. Também registraram crescimento significativo no armazenamento Pará, Roraima e São Paulo.
Outras informações sobre a armazenagem e demais aspectos da logística, como dados de exportação de soja, milho e farelo de soja, bem como a importação de fertilizantes, estão no Anuário Agrologístico 2025, disponível no site da Conab (acesse aqui).
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